sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Meu azar não tem limite - parte 4

P r ó l o g o
Minhas aulas agora começam às 8h, ou seja, eu pego o metrô num horário ainda mais movimentado que antes. Pensando no bem estar de seus usuários, o metrô monta uma fila no Tucuruvi que te ajuda a pegar um lugar sentado, se você esperar meia hora de pé. Tô pegando essa fila. Detalhe pras pessoas super educadas e pacientes que usam a CPTM e fazem baldeação pro metrô na Luz, e que parecem achar que se elas não pegarem o primeiro metrô que aparece não tem outro depois, e Lúcifer aparece pra levar suas almas e seus corpinhos pra cozinhar no inferno. Não dá pra se movimentar no metrô depois da Luz.
Agora sim, vamos à história.

bored


Lá estava eu, confortavelmente acomodada, mochilinha no colo, no banco ao lado da porta, pra evitar ter que me locomover pelo vagão pra descer na Sé. Levantei, ía apenas acompanhar o fluxo que naturalmente te leva pra fora. Mas, porém, contudo, entretanto, todavia, do lado do banco tem aquela barra, tipo um pole de pole dance, mais magrinho, que eu tenho que contornar pra sair. Eu contornei, minha mochila não.

Enquanto eu era gentilmente arrastada pra fora do metrô, minha mochila foi prensada na barra pela multidão. Eu puxava pela alça e ninguém, claro, me ajudou a desenroscar o resto. Ela só veio magicalmente quando eu enfiei o pé no buraco entre o metrô e a plataforma.

- Ao desembarcar, cuidado com o vão entre o trem e a plataforma. Evite acidentes.

Ó, dona voz do metrô, te ignorei total. Y soy rebelde. Fiquei lá, ca perna presa no buraco, a outra pra cima feito barata sob efeito de Raid, olhando pras pessoas. Meu primeiro pensamento foi "AI MEU DEUS MEU CELULAR" mas ele tava presinho no bolso da calça (aliás, pela careca do Iniesta, magina se eu tava de saia?!) e a música tava tocando no fone. Meu segundo pensamento foi "AI MEU DEUS VÃO ME PISAR É MEU FIM AVISA MINHA MÃE" mas não, as pessoas não me pisotearam. Ficaram lá me olhando de cima com cara de "ai gente, coitadinha", e eu olhando de baixo com cara de "vão pro inferno seus filho da puta que não me ajuda a levantar, NÃO PRECISO DA AJUDA DE VOCÊS, NÃO SINTAM PENA DE MIM SEUS PLEBEUS".

Depois que eu desenterrei minha perna, levantei, sacodi a poeira e dei a volta por cima, me veio um cara "Ei, cê tá bem? Machucou alguma coisa?"

Não, não machuquei. É SÓ ESSA VERGONHA DE FICAR ESTIRADA NA ESTAÇÃO DE METRÔ MAIS MOVIMENTADA DA AMÉRICA DO SUL NO HORÁRIO DE PICO. Mas brigada por perguntar.

Como vocês são más, pessoas. Como vocês são más.

cantbelieveit
sábado, 6 de agosto de 2011

Vergonha na cara, né, Azê?

Minha mãe disse outro dia "acho que vou fazer um blog". Aí as palavras ficaram voando na minha cabeça, "fazer um blog" ... "um blog" ... "blog". Gente do céu, não é que eu tenho um blog?!

teletubbies

E pior, eu tinha tanta coisa pra escrever. Porque né, passou o primeiro semestre todo e eu não postei nada. Nem sobre meu estágio no infer.. *cof cof* na Aliança Francesa, nem sobre a maratona que eu corri pra entregar trabalhos no prazo.

Mas agora nada disso interessa, né? Vamo fingir que o mundo parou nesse semestre e voltou a girar agora. Feliz 2011, cambada!

hehe

Daqui pra frente tudo vai ser diferente e eu acho que prometo postar mais sobre minha vida zicada e as peripécias da minha mãe.

Inté.
 

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